Rodas flexíveis que se deformam
para evitar danos ao passar por buracos, motores para veículos elétricos,
carrocerias de ônibus com placas de alumínio parafusadas, substância que reduz
o impacto ambiental de tintas e resinas são alguns dos produtos inovadores,
alguns deles globalmente, desenvolvidos por multinacionais brasileiras.
Estudo
feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que,
embora seja um grupo pequeno, de cerca de 60 empresas, as multinacionais
brasileiras são mais inovadoras do que as companhias estrangeiras e os grandes
grupos nacionais instalados no País.
O
estudo tem como base a última Pesquisa de Inovação (Pintec), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi coordenado pelo Fórum de
Empresas Transnacionais da CNI, que detalhou os resultados dos segmentos
alimentício, têxtil, couros e calçados, celulose e papel, químico, metalurgia,
veículos automotores e máquinas, aparelhos e materiais elétricos.
Do
grupo de multinacionais, 55, ou 92% delas, desenvolveram produtos ou processos
produtivos inovadores nos três anos analisados, de 2012 a 2014 – a pesquisa é
feita a cada triênio e a próxima será divulgada no fim deste ano
.
Entre
as 457 empresas estrangeiras, 371 foram classificadas como inovadoras (81%
delas). No grupo de 1.239 indústrias nacionais com mais de 500 funcionários o
índice é de 62%, ou 766 empresas.
Na definição da Pintec,
atividades inovadoras são caracterizadas pelo lançamento de produtos inéditos e
aperfeiçoamento significativo de processos produtivos. O grau maior de inovação
por parte das múltis brasileiras é explicado, em parte, pelo fato de terem
filiais “num ecossistema diferente,
enfrentando concorrentes locais, o que as obriga a serem competitivas naquele
ambiente”, diz Fabrizio Panzini, gerente de Negociações Internacionais da
CNI e responsável pelo estudo.
Mesmo
que o desenvolvimento seja feito pela filial, muitas vezes um grupo estrangeiro
adquirido pela brasileira já com know-how, “os ganhos dos conhecimentos
adquiridos também são trazidos para o Brasil”, acrescenta.
No
caso das múltis estrangeiras, a maior parte das inovações vem das suas matrizes
e, quando necessário, são adaptadas ao mercado brasileiro.
Já parcela
significativa das grandes empresas nacionais não reserva investimentos
significativos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Fonte: Mundo Bit
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