A
aliança de montadoras Renault, Nissan e Mitsubishi informou nesta
terça-feira (18) que vai adotar o sistema operacional Google Android, da Alphabet,
em uma vitória para a gigante norte-americana de tecnologia que busca uma
participação maior no mercado de infoentretenimento.
Renault, Nissan e
Mitsubishi, com vendas combinadas de
10,6 milhõesde veículos no ano passado, disseram que os futuros modelos
vão "integrar aplicativos e serviços Google", incluindo Maps e o
Google Assistant comandando por voz.
A
medida inclina-se mais fortemente para grandes empresas de tecnologia do que as
montadoras rivais grandes ou de luxo até agora estavam dispostas a fazer.
Muitos temem perder o controle de relacionamento com clientes, dados e, potencialmente,
significativa receita futura de serviços conectados.
Outras fabricantes, como
a Volvo decidiram embutir o Android Auto em seus veículos. No entanto, a escala
da mudança pela Renault-Nissan-Mitsubishi pode levar a uma mudança mais ampla
de pensamento sobre caras estratégicas tecnológicas independentes.
"Grandes montadores anteriormente eram relutantes a fazer
negócios com o Google, mas isso agora mudou", disse
Jauke de Jong, analista da AFS Group, em Amsterdã. "Mais montadoras podem seguir o caminho e fechar parceria com o
Google."
Até agora, montadoras
têm amplamente escolhido software Linux, Microsoft ou QNX para abastecer o info-entretenimento.
Isso gera plataformas mais ousadas que eles podem controlar, mas que oferecem
pouco espaço para adicionar novos aplicativos ou funcionalidades.
A decisão pode causar
problemas para algumas fornecedoras de tecnologia para setor automotivo como a
especialista em mapeamento TomTom, que conta com a Renault entre seus clientes.
As ações da empresa holandesa caíam mais de 26% após o anúncio.
Em troca de entregar ao
Google as chaves do info-entretenimento, a aliança vai levar a influência total
dos milhares de aplicativos do Android para os modelos de suas marcas - o que
inclui um contingente grande de modelos com preços acessíveis para mercados
emergentes.
Fonte: g1.globo.com
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